Assis
Manoel Pereira (foto), homem de fala mansa e sorriso angelical, presidiu a
Câmara Municipal no período de 1º /1/2005 a 31/12/2012. Neste período, por força
de um movimento nacional para reduzir os gastos das câmaras municipais, o
número de vereadores de São José dos Pinhais foi reduzido de 21 para 13, na
gestão 2005 a 2008. Embora com 8 vereadores a menos, o gasto anual da Câmara,
ao invés de reduzir elevou-se de R$ 5,5 milhões (R$ 5.560.787,16), em 31/12/2004,
para 8,5 milhões (R$ 8.586.670,88), em 31/12/2008, aumento de 54,55%. Em
31/12/2004 o custo anual por vereador ficou em R$ 264.799,38 (R$ 5.560.787,16
dividido por 21). Com 8 vereadores a menos a redução nos gastos de 2005,
deveria ser de R$ 2,1 milhões (R$ 2.118.395,04), mas foi de apenas R$ 500 mil
(R$ 534.540,09). Em 2005 o gasto anual da Câmara foi R$ 5.026.246,26.
Resultado: o custo anual por vereador pulou para R$ 386.634,32, em 31/12/2005,
aumento de 46,01%. Se tivesse ocorrido a
redução nos gastos dos R$ 2,1 milhões, o custo anual por vereador teria caído
para R$ 223.680,86.
Na gestão de
2009 a 2012, o número de vereadores passou para 14. Embora com 7 vereadores a
menos o gasto anual elevou-se de R$ 8,5 milhões (R$ 8.586.670,88), em
31/12/2008 para R$ 17,9 milhões (R$ 17.935.130,25), em 31/12/2012 e o custo
anual por vereador chegou a R$ 1,28 milhão (R$ 1.281.080,73), aumento do gasto
anual da Câmara de 105,88%. No período de 2005 a 2012 este aumento foi 325,45%
e o custo por vereador de 331,34%. Em 1º/1/2013, com o apoio de Setim, Silvio
Monteiro foi eleito presidente da Câmara. No mesmo dia o número de vereadores aumentou
de 14 para 21, de novo. Com 7 vereadores a mais, Silvio herdou um adicional de
R$ 8,9 milhões (R$ 8.967.565,12). Com este adicional, o gasto da Câmara em 2013
deveria ter se elevado para R$ 26,9 milhões (R$ 26.902.695,37 = R$
17.935.130,25 + R$ 8.967.565,12), mas, segundo o jornal oficial do município,
foi de R$ 23,5 milhões (R$ 23.555.177,43). Em 2014, de R$ 25.257.567,85. Só em
2015 (R$ 28.251.118,58) é que ultrapassou o valor que deveria ser gasto em
2013, sem a correção da inflação.
Qual a
explicação? O dinheiro estava sendo gasto em desvio de finalidade, desviado, ou
o valor foi publicado a maior? Uma boa ação dos vereadores e vereadoras, neste
início de legislatura, seria esclarecer este mistério. O repugnante é que o acusado
por esta gastança foi Silvio Monteiro, que até prova em contrário, foi o
presidente que economizou o dinheiro do povo, na Câmara. O acusador foi
Paulinho Maradona, que apoiava Toninho. Silvio Monteiro ainda herdou um projeto
faraônico pensado por Assis. Em 2011, conseguiu do ex-prefeito Ivan Rodrigues a
desapropriação de uma área para construir um novo prédio para a Câmara, um
espigão de 21 andares, com o nome de anexo da Câmara. Silvio entendeu que este
projeto não combina com a grave crise que o povo brasileiro enfrenta e arquivou.
E Assis, se os vereadores elegê-lo presidente, hoje, o que vai fazer com este
projeto? Vereador Abelino é a outra opção para a presidência. Antoniopereirajornalista.blogspot.com 01/01/2017
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