Atropelando
a Constituição, a legislação eleitoral e ignorando o apelo da Procuradora Geral
da República, Dra. Raquel Dodge,que pede para os ministros do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) se preocuparem em cumprir as regras que garantem o equilíbrio
entre os concorrentes nas eleições e, sobretudo, assegurarem a devida punição
àqueles que insistirem em desrespeitar as regras do jogo e, para que promotores
e procuradores designados para atuarem nas eleições de 2018, sejam fiscais
atentos às regras e aos limites
assentados na legislação, Cida Borghetti, desde que assumiu o Governo do
Estado, em 6/4 tem se dedicado, exclusivamente, a sua campanha.
Com a
caneta e um orçamento bilionário para gastar, Cida visitou, por uma ou mais
vezes, cada um dos 399 municípios, distribuiu bilhões de reais para os
prefeitos em troca de apoio e mobilizou centenas de jornais espalhados pelo
Estado, para promover sua imagem, construir sua candidatura, utilizando truques
de pesquisas para induzirem os eleitores acreditarem que ela será vitoriosa e
desconstruírem a candidatura dos adversários, tudo bancado pelos cofres do
Estado. Com o Estado colocado a serviço de seus interesses políticos, Cida
conquistou o apoio do maior bloco de partidos, de prefeitos, de deputados e de
lideranças em todo o Estado.
Em que
pese todos estes apoios, mais o apoio do Prefeito Rafael Greca, “o garoto
propagando mais caro do Brasil”, que tenta confundir campanha com capacidade de
trabalho, no horário político gratuito, e dela querer, a todo custo, que os
paranaenses acreditem que não compactua com a corrupção, Cida não decolou nas
pesquisas, como era o seu objetivo e pelo qual demonstrou “uma capacidade incrível
para o trabalho”, segundo Greca, seu principal cabo eleitoral. A vida pública
de Ricardo Barros, seu esposo, e de Silvio Barros, seu cunhado, estaria
deixando o eleitor temerário, que a elegendo Governadora, estará colocando a
raposa para cuidar do galinheiro?
Divulgação
de uma reunião com os secretários, em 9/4, três dias após ter assumido o
Governo, marca o início da campanha para torná-la conhecida em todo o Estado,
três meses antes da data estabelecida pela Justiça Eleitoral. A partir desta
data, Cida passou a visitar os municípios, com ampla divulgação pela mídia paga
pelas agências de publicidade contratadas pelo Estado. Enquanto que para a
maioria dos demais postulantes, tornar-se conhecido, era uma missão impossível,
para Cida virou um lazer de luxo bancado com dinheiro público.
Mesmo
sendo Deputado Federal e sobrinho do Senador Roberto Requião, João Arruda fala
do desafio de se tornar conhecido e, da Cida, a qual em pouco tempo, com a força
da “máquina”, tinha massificado sua campanha e conseguido o apoio,
principalmente, de prefeitos e de lideranças políticas do interior.
Em 25/5, o jornal Impacto Paraná, edição 1.120, pago pelas agências de
publicidade para promover a imagem de Cida, construir sua candidatura e
desconstruir a dos adversários, fala desta campanha que João Arruda citou. Na
manchete de capa, o jornal confirma que Cida começou a campanha desde que
assumiu o governo e deu posse ao secretariado, buscando o diálogo com os
prefeitos, deputados, percorrendo o Estado, em constantes viagens e levando
recursos para todos os municípios. Na página 15 diz que o nome de Cida já havia
sido plantado entre os 399 prefeitos e que, pesquisas próprias, já acusavam uma
subida na pontuação em mais de 30%, que até hoje não foi alcançado. O jornal
queria induzir o eleitor a votar nela,acreditando que venceria a eleição.
Na mesma edição (1120), o jornal começou a descontruir as
candidaturas dos adversários. Falou do discurso duro de Pedro Lupion contra
Ratinho, chamando de hipócrita e de Osmar Dias, o qual só podia apostar nele
mesmo para garantir sua candidatura, com o objetivo de desanimar seus
apoiadores e segue desconstruindo sua candidatura até ele desistir.
Edição 1128,de 20/07
Na mesma edição (1128, página 16),
o jornal apresentou o Balanço do Governo dos 100 dias de Cida. Segundo este
balanço, os recursos que Cida levou para os 399 municípios, totalizaram R$ 5
bilhões. Literalmente, ela comprou o apoio dos prefeitos que hoje apoiam sua
candidatura, especialmente o apoio do Prefeito Rafael Greca, o que levou a
maior fatia, quase meio bilhão de reais (R$ 196.800.000,00 em transferências e
mais R$ 200.763.788,56 em antecipação de ICMS).
Por esta razão é que Greca está toda hora na televisão falando da “capacidade
incrível de trabalho de Cida”, sem explicar que esta capacidade é para o
interesse dela; que tem “um coração generoso, não esclarecendo que esta
generosidade é para comprar o apoio dos prefeitos, pois uma senhora que foi
mostrada em um dos telejornais da RPC, há meses lutando por uma cirurgia, até
agora Cida não fez nada.
É
por esta razão também, que a Prefeitura de Curitiba tem pago o jornal, neste
período de campanha, para ele, agora, desconstruir a candidatura de Ratinho,
mostrando na capa da edição 1132, de 20/8, que o adversário cai e ela cresce
nas pesquisas. Uma vergonha!
Edição 1133, 24/08
Em
28/9, edição 1138, o dono do jornal Impacto, Luiz Fernando Fedeger fala da sua
decepção com Beto Richa, o qual Fedeger sempre promoveu, do custo para manter a
imagem de Beto e de sua administração e do tratamento desigual do setor de
comunicação do governo, uns recebendo grandes verbas e outros um tico tico,
entre eles, o Impacto, prova inquestionável que os agentes políticos, de todas
as esferas, gastam bilhões todos os anos com promoção pessoal, o que é proibido
pelo artigo 37 da Constituição..
Ricardo
Barros, esposo da Governadora teve os direitos políticos cassados, acusado de
ter nomeado uma assessora, entre fevereiro de 1995 a janeiro de 1997, sem nunca
ter comparecido ao trabalho (Jornal Impacto Paraná de 30 de junho de 2001).
Ricardo
Barros, esposo da Governadora, foi condenado por fraude em venda de
equipamentos da Prefeitura de Maringá, período em foi prefeito do município. A
condenação foi mantida em segunda instância. Em outra ação, Barros foi
condenado em segunda instância por danos causados aos cofres públicos, quando
prefeito de Maringá. A Justiça determinou o ressarcimento do erário. Ricardo
ainda é investigado por CORRUPÇÃO passiva, peculato e fraude em licitação na Prefeitura
de Maringá. (Jornal Impacto Paraná de 30 de setembro de 2016)
Não dá
para aceitar que Cida não compactua com a corrupção, pois conviveu a vida toda
com ela.
Silvio Barros,
irmão de Ricardo Barros e cunhado da Governadora Cida Borghetti, teve a
condenação confirmada pelo STJ, por improbidade administrativa, quando prefeito
de Maringá. Foi condenado a pagar multa de R$ 68 mil reais, por autopromoção
com dinheiro público (Jornal Bem Paraná de 28 de junho de 2018).
Como Cida varreu a corrupção do Palácio, se o
cunhado corrupto continua Secretário de Desenvolvimento Urbano?
Segundo reportagem do Jornal Hora H, Ricardo Barros
representa o oportunismo, a falta de convicção, o método de colocar sempre o
próprio interesse em primeiro lugar (Jornal Impacto Paraná de 9 de julho de
2010).
Jornal Impacto Paraná, de 20
de junho de 2014.
Conclusão – com o perfil de Ricardo Barros, capaz de tudo
pelo poder e de tirar tudo dele em proveito próprio, a Justiça Eleitoral não
pode permitir que Cida Borghetti, marionete do esposo, se eleja governadora,
sob pena de estar colocando a “raposa para cuidar do galinheiro”.
Antonio Pereira dos
Santos
http://antoniopereirajornalista.blogspot.com/
São José dos Pinhais, 5 de outubro de 2018
À Dra.
Eloisa Helena Machado
Procuradora Regional Eleitoral