terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Em uma das últimas sessões do ano, Vereadores voltam a falar da Segregação Política na Câmara

           

          

            

             Na Sessão da Câmara realizada  após o caos que se transformou o processo de vacinação contra o Covid-19, o Vereador, Professor Abalino (foto abaixo), fez uso da Tribuna  para falar das filas gigantescas que se formaram nos novos locais de vacinação, com o encerramento das atividades de imunização da população no Ginásio de Esportes, onde foi montado uma superestrutura, digna de elogios. Lamentou que a Secretaria Municipal de Esportes tenha deixado de apoiar o processo de vacinação, se disse consternado com as pessoas e fez questão de dizer que é da Base da Prefeita Nina, mas como servidor, seu lugar é ao lado da população.

            Este é o Professor Abelino Velho de Guerra.  Na Gestão do Ex-Prefeito Toninho ele também era da Base do Ex-Prefeito e tornou-se o maior crítico, naquela Legislatura. Foi perseguido, processado e gastou muito dinheiro para se defender. Tinha Vereadores que se retiravam da Sessão quando ele começava a falar, mas o reconhecimento foi depositado nas urnas. Ele continuou Vereador, enquanto o então Prefeito Toninho, o qual passou a ser criticado pela má gestão, impondo pesados sacrifícios à população, com aumento de impostos e cortes na Saúde e os vereadores que o atacavam foram arrancados do Poder pela força do voto.

                                                          


            Nesta Legislatura, porém, as hostilidades com o nobre Vereador acabaram. Ao contrário, os Vereadores, renovados em mais de 50%, têm sido solidários com ele. Foi o que se viu na quela Sessão. Até o Lider na Câmara da Prefeita Nina, o Vereador Fenemê (foto abaixo), escolhido a dedo para representá-la e defender seus projetos na Câmara, fez das palavras do Professor Abelino, as suas. Chegou a citar áudios que recebeu, um deles dizendo “que perdeu a admiração que tinha pela Prefeita”. O Vereador Gilberto Melo (foto abaixo), sempre muito cauteloso em opinar sobre os atos do representante do Poder Executivo, não conseguiu ficar indiferente ao drama das filas.

                        

             Problema de sempre – A fala do Vereador Abelino trouxe para o debate um velho tema: o da Segregação Política na Câmara. Desde 1997, quando passei a acompanhar os trabalhos do Legislativo Municipal, sempre teve Secretários que não atendem determinados Vereadores. Segundo foi dito naquela Sessão, a Secretária Municipal da Saúde é uma. O grave, é que se a denúncia for verdadeira, que ela é fruto de uma negociação com a Prefeitura da sua cidade, para acomodar um irmão da Prefeita, a Secretária não vai mudar. O vereador Alaax Siqueira (foto abaixo) disse que se quer é informado de eventos no seu Bairro e emendou: esta separação precisa acabar.

  

Entra Prefeito, sai Prefeito, entra Prefeita (a primeira da História do Município) e o tratamento diferenciado dado aos vereadores, continua. A justificativa de um Prefeito, segundo Gilberto Melo, “que é mais fácil ganhar uma eleição, que formar uma equipe de governo. O problema são os interesses. Porque buscar em outro Estado uma pessoa para ser Secretária da Saúde, competentes pessoas competentes no Município e no nosso Estado? O nobre Vereador José Possebom (foto abaixo) é do reduto eleitoral da mãe do Secretário de Esportes, a qual foi derrotada. Por que o secretário não recebe o Vereador?

                               


A todos que prestigiam minha luta voluntária em prol de uma Política melhor, desejo um feliz 2022.        

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Logística de medicamentos da Secretaria Municipal de Saúde, de São José dos Pinhais põe em risco a saúde da população

            Internado há dias no Hospital e Maternidade São José, por complicações causadas pela Covid, um morador do Bairro da Costeira, um dia antes de dar alta, no começo de junho, apresentou sintomas de ter sofrido um AVC. Segundo o procedimento que é feito neste caso, o Médico prescreveu o medicamento Alteplase, um injetável que tem de ser aplicado nas primeiras horas após o acidente, para evitar a coagulação do sangue, que obstrui os vasos sanguíneos e impede a oxigenação do cérebro, provocando mais danos ao paciente ou levando à morte.

            O Médico foi informado pelo Hospital que o referido medicamento estava em falta. Então, decidiu encaminhá-lo para o Hospital das Clínicas, em Curitiba. O morador permaneceu internado por vários dias lá, e agora está em sua casa, em uma cama hospitalar. O que chamou atenção, neste caso, é que a Prefeita Nina e seu Vice Assis, haviam sido alertados em 12 de setembro de 2019, um ano e oito meses atrás, que este medicamento não estava sendo adquirido, segundo um Sistema de Controle que adoto desde 1997 e venho melhorando ao longo deste período.

            Em razão desse alerta, protocolei à Prefeita Nina, em 11 de junho, um pedido de informação, querendo saber, no prazo constitucional de 15 dias, se a partir de 12 de setembro de 2019 foi adquirido este medicamento, uma vez que a Estudante de Direito, que fazia este acompanhamento, foi exonerada pelo novo Presidente da Câmara, Abílio Alves. Solicitei então cópias de empenhos relativos ao Pregão Eletrônico nº 249/2018, aberto em 23 de outubro daquele ano para adquirir o referido medicamento, e indaguei se foi aberto novo procedimento licitatório.

            Depois de muita insistência, foi respondido em 19 de agosto, dois meses e sete dias após o prazo, informando que relativo ao Pregão Eletrônico 249/2018 não foi adquirida nenhuma unidade, porque tinha no estoque, mas que foi aberto o Pregão Eletrônico nº 269/2020, tendo sido vencedora a Empresa Prohosp Distribuidora de Medicamentos Ltda, da qual foram adquiridas 6 unidades, segundo Relatório de Histórico de Movimentação do produto (abaixo), elaborado por Bruna Leonel Giacomeli, do Departamento Administrativo, a pedido da Secretária de Saúde.

 


            Segundo este Relatório, a Secretaria adquiriu 3 unidades em 23/2/2021, as quais deram entrada no Almoxarifado da Prefeitura em 25/2/2021 e transferidas no mesmo dia para o Hospital; 2 em 25/5/2021, que deram entrada  em 26/5/2021 e foram transferidas para o Hospital em 31/5/2021 e 1 unidade, adquirida em 27/5/2021, que deu entrada em 1º/6/2021 e foi transferida para o Hospital em 7/6/2021. Entre 1º/6 e 7/6, o Hospital não tinha o medicamento, razão do paciente ter sido transferido para o Hospital das Clínicas, em Curitiba.

 

Esta resposta deveria ser encaminhada pela Prefeita Nina, mas foi  por Andrei Gondro, Chefe de Gabinete da Prefeita, cargo, que segundo denúncia feita por pessoa conhecedora das leis municipais,  foi extinto, tanto que, quando o ex-Prefeito Toninho assumiu, em 1º de janeiro de 2017, não foi nomeado Chefe de Gabinete do Prefeito. Mais um fato a ser explicado pela Prefeita Nina.    

 

            Conclusão nº 1 – Bruna Leonel Giacomeli equivocou-se ao afirmar que “... quanto à alegação de ter havido falta do medicamento à população, trata-se de informação improcedente...”, pois entre 1º de junho de 2021 e 7 de junho de 2021, quando o morador da Closteira sofreu o acidente, o Hospital não tinha o medicamento.

 

            Conclusão nº 2 – A Prefeita Nina e seu Vice Assis não deram à devida atenção que o alerta merecia. Se tivessem dado, já teriam estas informações e tomados providências.

Segundo o Relatório acima,  no período de 1º/1/2018 a 30/7/2021, foram adquiridas, apenas, 9 unidades do medicamento. 3 unidades foram adquiridas em 27/4/2018, as quais deram entrada no Almoxarifado da Prefeitura em 4/5/2018 e foram transferidas para o Hospital em 10/5/2018. As próximas 3 unidades só foram adquiridas em 23/2/2018, dois anos e nove meses, entre uma aquisição e outra. Nesses dois anos e nove meses, somente três pessoas tiveram AVC em São José dos Pinhais?

 

            Conclusão nº 3 – A Logística deste medicamento adotada pela Secretaria da Saúde, é no mínimo irresponsável. E como é a Logística adotada para os demais medicamentos, que a Secretaria é obrigada a  para a população?

            Para saber a Logística adotada pela Secretaria aos demais medicamentos, a Prefeita Nina precisa prestar as seguintes informações:

a)     Quais as doenças tratadas por esses medicamentos?

b)     Fornecer dados sobre o número de pessoas que contraem essas doenças por ano, inclusive o AVC em São José dos Pinhais, no Paraná e no Brasil? Informar a fonte;

c)     Fornecer o Relatório de Histórico de Movimentação de cada medicamento, no período de 1º/1/2017 a 31/8/2021.

Acompanhamento - Solicito à Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara, que tem como Presidente, o Vereador Sílvio Santo e  membros os Vereadores, Professor Wellington e Allax Siqueira, ambos, extremamente preocupados com a saúde da população, que acompanhe o andamento deste pedido de informação.

O mesmo pedido estendo à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que tem como presidente o Vereador Luiz Monteiro e membros, os Vereadores Delegado Michel e José Luis Possebon, ambos, também  extremamente, preocupados com o direito da população.

Nada mais para o momento, estabeleço como prazo para as indagações sobre a Logística de Medicamentos adota pela Secretaria da Saúde, de 30 dias e coloco-me à disposição para discutir este documento, depois de ouvir as Comissões de Saúde e Assistência Social e de Constituição e Justiça da Câmara. Atenciosamente,

 

À

Prefeita Nina Singer  

                

 

domingo, 5 de setembro de 2021

Maioria dos Vereadores dá demonstração clara que o Presidente da Câmara, Abílio Alves, está equivocado sobre a fiscalização dos atos do Executivo.

 



Na sessão de 10/08, uma terça feira, a maioria dos vereadores negou um pedido de informações, proposto pelo Vereador Wilson Cabelo (foto à esquerda), através  do Requerimento 100/2021, transcrito a baixo, sobre o Pregão Eletrônico n º 93/2021, numa demonstração inequívoca que a maioria deles, além de não fiscalizarem os atos do Executivo, impedem a minoria de fiscalizar, contrariando o que assegura o  Presidente Abílio Alves (foto à direita), “que a Câmara não precisa de funcionário para fiscalizar o Executivo porque os Vereadores fiscalizam”.

Requerimento nº 100/2021, do Vereador Wilson Cabelo, REQUER à Mesa, ouvido o Plenário, que seja enviado ao Poder Executivo, os seguintes questionamentos: Sobre a situação das tendas que estão sendo utilizadas em nosso Município, de acordo com o Pregão nº 93/2021 (contrato 19132 - 497497/2021): 1. Quantas tendas foram usadas até este momento e onde estão localizadas? 2. Qual o critério para a distribuição dessas tendas? 3. Haverá alguma entidade ou ONG’s que será beneficiada também com estas aquisições? 4. A empresa vencedora da licitação possui um único CNPJ e com mais de 3 endereços. Qual o endereço correto da sede desta empresa? 5. Quanto se gastou até o momento com essas locações? E qual a projeção de gastos até o fim deste ano 2021? 

Pregão Eletrônico nº 93/2021 – Objeto: Registro de Preço para contratação dos serviços de locação, montagem, desmontagem, transporte, manutenção das tendas, coberturas, grades, estruturas, pisos e containers para serem utilizados em eventos municipais. Aviso de Licitação: emitido em 25/05/2021 e publicado no Diário Oficial nº 868, de 26/05/2021. Termo de Homologação: emitido em 02/07/2021 e publicado no Diário Oficial nº 897, de 07/07/2021, homologando as empresas vencedoras, abaixo. Atas de Registro de Preços: prazo de duração de 12 meses, a contar da data da assinatura, 07/07/2021 e publicadas no Diário Oficial nº 904, de 16/07/2021, abaixo, ao lado da respectiva empresa. Contratos: Não houve.

 


               Drial Organ. De Eventos Esportivos Ltda  R$ 1.376.990,00 (Ata nº 497/2021)



 


               AVS Montagem e Locação de Standes Ltda000,00 (Ata 498/2021)

          

           Com base neste Sistema de Controle, que o Presidente Abilio considera desnecessário para fiscalizar os atos do Poder Executivo, é possível responder a maioria das perguntas que a maioria dos vereadores boicotou:

Pergunta nº 1 – Segundo os valores empenhados, até o presente momento não foi utilizada nenhuma.

Pergunta nº 2 – Não é possível saber por que não foram utilizadas.

Pergunta nº 3 – Também não é possível, porque não foram emitidas notas fiscais, pois os serviços não foram realizados (valor liquidado).

Pergunta nº 4 – Não foi uma única empresa vencedora, mas duas.

Pergunta nº 5 – Nada, porque só foram empenhados valores, num total de R$ 31.055,80, referente a empresa Drial e R$ 8.310,00 referente a empresa AVS, totalizando R$ 39.365,80

               

 

 Digno de louvor – Vendo a dificuldade para se ter acesso a empenhos e notas fiscais, imprescindíveis para fiscalizar as contas do Município, o então Vereador, Professor Marcelo (foto), que entrou para a História da Câmara de São José dos Pinhais, como o Vereador de bons projetos, propôs e conseguiu aprovar um Projeto de Lei tornando obrigatória a publicação destes documentos.   

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Para os vereadores refletirem sobre a sagrada missão de fiscalizar os atos do Executivo em defesa da população que os elegeu

 


Morador da Costeira é transferido às pressas para o Hospital das Clínicas, por falta de medicamento que a Prefeita e o Vice haviam sido alertados há um ano e oito meses

 

Na manhã de 12 de setembro de 2019 solicitei uma reunião com a então Vice Presidente da Câmara Municipal, Vereadora Nina Singer, e os Vereadores Assis Manoel Pereira, Presidente, e Bira do Banco, Primeiro Secretário, para tratar da compra do medicamento Alteplase, vital à população, o qual um ano e oito meses após o alerta, está em falta na Rede de Saúde do Município. Causa estranheza o fato da Prefeita Nina e do Vice Assis, há meio ano no comando do Município, deixarem faltar um medicamento, depois das orientações que tiveram.

O Alteplase é um injetável que tem de ser aplicado, nas primeiras quatro horas, em pessoas que têm AVC, para evitar a coagulação do sangue e a consequente obstrução dos vasos sanguíneos, que impede a oxigenação do cérebro, provocando mais danos ao paciente ou a morte.

A licitação para a compra deste medicamento e outros foi aberta em 23 de outubro de 2018, através do Pregão Eletrônico nº 249/2018, e homologado em 17 de dezembro de 2018, o qual gerou 15 Atas de Registro de Preço, emitidas em 3 de janeiro de 2019, com prazo de duração de um ano. A partir desta data a Prefeitura ficou habilitada a adquirir este medicamento e os demais, parcelado ou não, até o valor licitado, tendo, porém, de empenhar o dinheiro para o pagamento da parcela ou do total, antes da aquisição.  

Até a data de 12/9, oito meses após a assinatura das Atas, faltando quatro meses para perderem a validade, muitos empenhos foram emitidos, menos da Ata nº 4, a do medicamento, isto é, não havia sido adquirida uma única unidade. Este é um caso de fiscalização que só é possível por meio de um acompanhamento sistemático dos procedimentos licitatórios, semelhante ao Sistema disposto no final desta narrativa, que venho desenvolvendo há anos e o aprimorei nos últimos dois anos (Dezembro de 2018 a Dezembro de 2020).

Este aprimoramento só foi possível graças a uma Estudante de Direito, que a conheci fazendo estágio no Gabinete do Vereador Feneme, a qual, ao final do estágio, foi contratada, a meu pedido, pelo então Presidente da Câmara, Manoel Assis Pereira, para fazer o trabalho de Internet, o qual tornou-se imprescindível, com a implantação do Diário Oficial Eletrônico. Competente, dedicada, habilidosa em computação e com grande capacidade de assimilar conhecimento, esta Universitária prestou uma enorme contribuição para a consolidação deste Sistema.

Mas não foi assim que o novo Presidente da Câmara, Vereador Abílio Alves, viu a importância do seu trabalho e, um dos primeiros atos como Presidente, foi exonerá-la, sob a alegação que a Câmara não precisa de funcionário para fiscalizar os atos do Executivo, porque os Vereadores fiscalizam – uma exoneração que ficará nos anais deste Legislativo como a mais injusta, incompreensível e irracional da sua História.

            Sem um Sistema de Controle dos atos do Executivo, fica difícil até para o vereador(a) saber o que o Prefeito(a) e o Vice fazem, que dirá controlar estoque, aquisição e conhecer a finalidade de medicamentos.  Foi através deste Sistema que registra todas as etapas de cada procedimento licitatório (do Aviso de Licitação aos Empenhos), que fique sabendo que o medicamento não estava sendo adquirido, porque não havia sido emitido empenhados, levantando a suspeita que o preço unitário (R$ 1.939,03), era a causa.

 

            Conclusão nº 1 – Por mais que os vereadores(as) desejem exercer plenamente a sagrada função de fiscalizar os atos do Executivo, não conseguem sem um Sistema de Controle, quer dos atos do Executivo, como do Legislativo, que os subsidiem. Em mais de vinte e quatros (24) que acompanho, voluntariamente, a atividade política e de seus agentes, especialmente, dos vereadores(as) de São José dos Pinhais, não encontrei um Sistema de Controle adotado por algum vereador(a) ou pela Câmara.   O Presidente Abílio está equivocado ou mal intencionado.

            Sem este Sistema não ficaria sabendo, sequer da existência deste medicamento, muito menos da sua finalidade, razão de ter pedido informações para uma médica, no caso a minha filha, e confrontado com informações do Farmacêutico mais antigo da Secretaria, numa reunião do Conselho Municipal de Saúde.

            Conclusão nº 2 – A Câmara não só precisa de um funcionário(a) da competência e dedicação da Estudante exonerada, mas de uma equipe composta por digitadores, pesquisadores, estagiários e profissionais de todas as áreas. O Poder Legislativo, como Órgão de Controle Externo do Executivo, a exemplo do Ministério Público e dos Tribunais de Contas dos Municípios, dos Estados e da União, precisa de um Departamento de Controle Externo, para que os vereadores, deputados estaduais, federais e os senadores possam executar a missão para a qual foram eleitos.

            Este Departamento   não foi implantado na Câmara; a Estudante que me ajudava, num esforço quase sobre humano, foi exonerada; um pedido feito à Prefeita Nina, no início da sua gestão, para contratá-la e disponibilizar  dez estagiários para ajudá-la, até hoje não foi atendido, e o  nobre Vereador Bira do Banco, que era o nome natural para presidir à Câmara e apoia o Sistema de Controle,  foi preterido pela Prefeita, a qual empenhou todo o seu “poder de influência” para eleger Abílio Alves, que é contra o Controle das Contas do Município.

            Conclusão nº 3 – A Prefeita Nina, apoiada pelo Presidente da Câmara, Abilio Alves, não quer que as Contas da Prefeito, sob sua gestão sejam fiscalizadas. A razão, não se sabe.    

            Mas seja qual for, o resultado desta política, certamente, custará muito caro à população, até com a vida de pessoas, uma vez que a Prefeita não é dada a acompanhar as Contas do Município. Quando foi Presidente da Comissão de Obras da Câmara, as ruas viraram só buracos, porque ela não acompanhou a renovação dos contratos, deixando que a maioria deles não fossem renovados. Os relatos feitos, na época, pelos vereadores(as), do que isto custou à população, são estarrecedores. A Vereadora Fátima de Paula, hoje Vice Presidente da Câmara, chegou a dar os pêsames ao Município.

            Conclusão nº 4 A falta de sensibilidade da Prefeita Nina Singer e do Presidente da Câmara, Abílio Alves, choca.

            A Estudante que tanto torceu pela candidatura da Prefeita e vibrou com sua vitória, tendo trabalhado por quatro meses, sem receber um único centavo, na elaboração deste Controle, referente aos procedimentos licitatórios do 1º Quadrimestre de 2020, condensados em um volume de 309 páginas, entregue à Prefeita em 12 de agosto de 2020, não mereceu dela, sequer um muito obrigado, a qual teve de trancar o Curso de Direito, por falta de recurso.

            Conclusão nº 5 – Quem votou na Nina Singer, por ser mulher, especialmente, as mulheres, podem ter uma grande frustração com ela.

            Finalizando esta narrativa, é bom lembrar que o Poder é transitório e de pequena duração, na vida da maioria dos políticos, sendo de bom senso recomendar à Prefeita que não se deixar embriagar por ele, cometendo injustiças como as que praticou com a Estudante e repará-las, antes que seja tarde demais, diante da brevidade de nossas vidas,  especialmente com esta Estudante.

                                    









                                              

 

                                                                                                 

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Balanço das três primeiras sessões ordinárias da Câmara Municipal realizadas neste ano.

 


 

                A Câmara Municipal de São José dos Pinhais, Paraná, composta por 21 vereadores, 20 homens, dos quais 10 em primeiro mandato, e uma mulher, que representam uma população estimada em 215 mil habitantes, recebendo um salário mensal de R$ 13.512,53, cada, inferior  ao salário dos vereadores de Curitiba (R$ 15.594,73), num total de 38, que representam uma população estima, em mais de l milhão e 700 mil habitantes, presidida por um novo Presidente, Abílio Alves, em segundo mandato, com uma salário mensal de R$ 20.268,82, superior ao do Presidente da Câmara de Curitiba (R$ 18.991,00),     realizou  nas manhãs 9/2, 11/2 e 18/2, respectivamente, a 1ª, a 2ª e a 3ª Sessão Ordinária do ano.

 Fala da Prefeita – Na 1ª Sessão, além dos 21 vereadores, compareceu a Prefeita Nina Singer para desejar sucesso aos vereadores e pedir o apoio deles, enfatizando “que vai precisar muito deste apoio”. Sobre a população, limitou-se em dizer “que ela precisa de respeito e de trabalho”, mas não aponto em que a população está sendo desrespeitada e nem como gerar trabalho para ela. Finalizou, afirmando “que unidos poderão mudar o jeito de fazer política”, uma das bandeiras da sua campanha que, Infelizmente, está sendo rasgada, pois sua gestão vem sendo pautada pela “velha política”. Cito dois exemplos:

a)       A exemplo do seu antecessor, a Prefeita vem usando jornais pagos por uma Agência de Publicidade, contratada pela Prefeitura a peso de ouro (R$ 3,6 milhões de reais por ano), uma tática muito usada pelos chefes do Poder Executivo Municipal, Estadual e da União para, burlarem o Art. 37 da Constituição, com o objetivo de se promoverem, enganar e confundir a população, como ocorreu em 9/1, quando um desses jornais trouxe ela na capa “anunciando as primeiras obras da sua gestão”, que não são delas, mas do seu antecessor, vulgo, Toninho da Farmácia. Dela, só a assinatura das ordens de serviço.  A partir desta data é raro o dia que a Prefeita não é notícia nesses jornais, posando para obras que não são suas, para a Vacina, com problemas graves de logística, para reunião com Secretários, com servidores, em Gabinete Móvel... exatamente igual o seu antecessor. Muito gasto e perda de tempo, sem nenhum resultado positivo para a população. Corre o risco de ter o mesmo destino do Toninho.

b)      A Prefeita vem assinando Atas de Registro de Preços sem os totais por item e o valor total da Ata, que dificulta a conferência com o total do Termo de Homologação, que também não consta, além de centenas de portarias do Recursos Humanos que não são publicadas. Outra bandeira da sua campanha que está sendo rasgada. De que adiantou tanto trabalho, por dois anos, alertando-a para este grave problema?

Fala do Presidente Jamaica – Numa explanação mais demorada, Jamaica fez um resumo da história do Conselho Municipal da Saúde, desde a sua criação. Criticou a falta de transparência, os vereadores que foram filas na Saúde para atender seus eleitores e do baixo salário (R$ 4.000,00) que o Município paga aos médicos, segundo ele, inferior ao que os municípios da Região Metropolitana pagam, mostrando-se desinformado. Um plantou de 12 horas o Município paga R$ 1.680,00.

Na mesma Sessão foi votado e aprovado, por unanimidade, no 1º e 2º turno, o Projeto de Lei 004/2021, o qual torna obrigatório a publicação da lista das pessoas vacinadas e das que aguardam para tomar a vacina, proposto por Renan Machado, Vereador em primeiro mandato e o menos votado (1.026 votos), porém com este feito histórico. Em resumo, um projeto para dar transparência absoluta sobre um assunto tão importante, mas criticado por Jamaica, que há poucas horas havia pregado transparência, conforme denunciou Renan na 2ª Sessão. Transparência para ele, só para os vereadores. Para a saúde, não.

Fala da Presidente da OAB – Na Sessão de 18/2, a Dra. Adriana Szabelski, Presidente da Subseção de São José dos Pinhais da Ordem de Advogados do Brasil, fez uso da Tribuna Popular para pedir apoio aos advogados do Município, impactados pela Pandemia do Coronavirus. Ela pediu para a população dar preferência a eles.

Indicações – Pedidos da população, como por exemplo, tapar buracos de ruas, limpar bocas de lobo, construir unidades de saúde, entre outros pedidos, que são encaminhados para o Executivo tomar providências. Neste período, os vereadores encaminharam 238 indicações, solicitando manilhamento, asfalto, construção de Parque, limpeza e drenagem de rios, retorno das Farmácias Populares, limpeza de bueiros, troca de lâmpadas, roçadas, retorno da coleta itinerante da coleta de sangue, recapeamento asfáltico de ruas, manutenção de captação de águas pluviais, redutores de velocidade, troca de postes, recuperação de erosão de ruas, implantação de passarelas, implantação de unidades de saúde, implantação da Patrulha do Silêncio, revitalização de calçamentos, fiscalização de terrenos baldios, melhorias na sinalização, reforma de parquinhos, revitalização de ruas, entre tantos outros pedidos. Destas, a maioria são, direta ou indiretamente, da responsabilidade da Secretaria de Obras. É nesta Secretaria que os vereadores precisam ficar de olho. Se for serviço de manutenção, terão de verificar se tem licitação e a vigência dos contratos, para saberem se estão sendo renovados. Se não têm, precisam pressionar para abrir licitação. No caso de construções precisam verificar se o orçamento permite e se permite pressionar pela elaboração de projetos. Coloco-me à disposição dos vereadores interessados.

Observação – No final de 2018, os vereadores e vereadoras passaram a denunciar a situação das ruas do Município, as quais haviam se transformado somente em buraco. Busquei nos meus arquivos e constatei que existia licitação, que a vigência dos contratos era por cinco anos, só que os contratos não estavam sendo renovados. Os vereadores podem conhecer esta investigação, na minha página na Internet (antoniopereirajornalista.blogspot.com)

Projetos de Leis – Neste período os vereadores propuseram 12 projetos, o 003, proposto pelo Vereador Allax Siqueira, que deu o nome de Rúbia Mara Bueno à Unidade de Saúde, do Jardim Veneza; o 004, proposto pelo Vereador Renan Machado, já mencionado; o 005, proposto pelo Vereador Samuel Pinheiro, que institui o Dia da Oração, Adoração e Celebração a Deus; o 006, proposto pelo Vereador Allax Siqueira, que institui o Prêmio “Advogacia Cidadão”; o 007, proposto, também, pelo Vereador Allax Siqueira, que dispõe sobre o Programa de Fomento de Startups; o 008, proposto pelo Vereador Gilberto Mello, que dispõe sobre a fixação, em hospitais e clínicas, de cartazes com informações sobre os procedimentos a serem adotados em caso de óbitos de pacientes; o 009, proposto por Wilson Cabelo, que dispõe sobre punições a quem desrespeitar a ordem de vacina; 0 10, proposto pela Vereadora Fátima de Paula, que altera o  nome do Estádio Municipal do Pinhão; o 11, proposto pelo Vereador Silvio Mecânico, que regulamenta o Código de Obras; o 12, proposto pelo Vereador Pastor Samuel, que inclui no Calendário Oficial do Município, o Dia Municipal da BIKEATA; o 13, proposto pelo Vereador Luiz Monteiro, que dispõe sobre prazos para a realização e resultado de exames e o 14, proposto pelo Vereador Paulinho Maradona, que institui no Calendário Oficial do Município o mês “Janeiro Branco”, como o mês de estímulo aos cuidados e conscientização da Saúde Mental. Destes, dois já se transformaram em Lei, o do Vereador Renan Machado e o do Wilson Cabelo.    WWWantoniopereirajornalista.blogspot.com       

    

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Prefeito Toninho passa o mandato inteiro para construir um Posto de Saúde, e só foi inaugurado para não dar o gosto à Prefeita eleita de inaugurá-lo

 


Secretária da Saúde, Débora Chemin, saiu em defesa do Prefeito, jogando a culpa na burocracia e super--valorizou o custo da obra. Jamaica, Presidente do Conselho Municipal, tentou socorrer a Secretaria, mas não conseguiu comprovar o que disse.

Na manhã do dia 21, presentes, além de funcionários da Unidade e da Secretaria, o Prefeito, um Representante do Governador Ratinho, a Secretária da Saúde, o Presidente do Conselho Municipal e os Vereadores em fim de mandato, Professor Marcelo e Luiz Paulo, foi inaugurado o Posto de Saúde da Costeira, cuja construção foi anunciada nos primeiros dias da Gestão do Prefeito Toninho (2017), pelo então Secretário da Saúde, Giovani de Souza, numa reunião que promoveu com a comunidade, para fechar o Posto do Caic, com a promessa de construir uma nova unidade.

                Naquela oportunidade, disse que tinha o terreno e o dinheiro, dando a entender que era só iniciar a construção, mas a licitação só saiu um ano de depois, 2018, (Concorrência 10/2018) e ainda teve de ser anulada por erro na elaboração. Foi aberta nova licitação, em 23/1/2019 (Concorrência 2/2019), cujo trâmite foi rápido, (três meses). Em 23/4/2020 foi contratada a empresa vencedora, (Contrato 101/2019), no valor de R$ 942.267,34 e 240 dias para obra ser concluída, aproximadamente em 22/1/2020, mas vários Termos Aditivos  prorrogaram sucessivamente  os prazos de execução e vigência.

 Segundo a Secretaria de Planejamento, estes prazos estão prorrogados até fevereiro de 2021. Daí a conclusão, que a obra só foi inaugurada para não dar o gosto à Prefeita eleita de inaugurá-la. Aliás, durante a inauguração, deixaram escapar que a obra estava sendo inaugurada para não ser esquecida. Abaixo, o Resgate Histórico do contrato desta obra, fruto do Controle Social das Contas do Município, que venho desenvolvendo, voluntariamente, ha mais de 20 anos, o qual, nos últimos dois anos, contou com o apoio valoroso dos vereadores Assis, Vice-Prefeito eleito, Bira, reeleito, e da Nina, Prefeita eleita:

Contrato nº 101/19, (23/04/19) – Objeto: Execução da obra de Construção da Unidade Básica de Saúde Costeira, localizada na Rua Promotor Fernando Prado, com área de 423,67 m2. Fundamento legal: Concorrência Pública n.º 02/2019. Contratada: PWB Manutenção Industrial Eireli. Prazo de execução: 240 dias. Prazo de vigência: 360 dias. Valor total: R$ 942.267,34. Reajuste: Sem. Recursos orçamentários: Sem contrato no portal da transparência. Término aproximado prazo de execução: 22/01/20. Término aproximado prazo de vigência: 23/04/20. 362, 02/05/19.

Empenho

Dt. Emissão

Valor

Liquidado

Valor Pago

P/E(%)

7967/2019 

08/05/2019 

183.363,35 

183.363,35 

183.363,35 

100,00% 

7965/2019 

08/05/2019 

758.903,99 

752.780,01

706.849,86 

93,14% 

Subtotal:

 

 942.267,34

 936.143,36

 890.213,21

94,47

Termo Aditivo 11/20, (24/01/20), prorrogação dos prazos de execução e vigência por mais 60 dias do Contrato de Execução de Obra nº. 101/2019. 551, 04/02/20. Término aproximado: 24/03/20.

Termo Aditivo 148/20, (12/05/20), prorrogação dos prazos de execução e de vigência por mais 120 dias do Contrato de Execução de Obra n.º 101/2019 e acrescer quantitativamente e qualitativamente, bem como, suprimir as quantidades. Acréscimo aditado quantitativamente ao valor de R$ 67.845,07, corresponde a 7,20% do valor inicial do Contrato; acréscimo aditado qualitativamente ao valor de R$ 95.106,46, corresponde a 10,09% do valor inicial do Contrato; e supressão das quantidades ao valor de R$ 119.434,74, corresponde a 12,68% do valor inicial do Contrato. Resultando em um aditamento efetivo no valor de R$ 43.516,79. 618, 19/05/20. Término aproximado: 12/09/20.

Empenho

Dt. Emissão

Valor

Liquidado

Valor Pago

P/E(%)

7864/2020 

21/05/2020 

43.516,79 

43.516,79 

43.516,79 

100,00% 

Termo Aditivo 304/20, (08/09/20), prorrogação dos prazos de execução e de vigência por mais 12 dias do Contrato de Execução de Obra n.º 101/2019 e acrescer quantitativamente e qualitativamente, bem como, suprimir as quantidades. O acréscimo aditado quantitativamente no valor de R$ 28.310,17, corresponde a 3,00% do valor inicial do Contrato; o acréscimo aditado qualitativamente no valor de R$ 56.101,36, corresponde a 5,95% do valor inicial do Contrato; e a supressão das quantidades no valor de R$ 26.300,59, corresponde a 2,79% do valor inicial do Contrato. Em termos de dispêndio, o valor efetivo corresponderá a R$ 58.110,94. 699, 14/09/20. Término aproximado: 20/09/20.

Empenho

Dt. Emissão

Valor

Liquidado

Valor Pago

P/E(%)

15221/2020 

16/09/2020 

58.110,94 

56.450,65

17.350,13

29,86%

Somados os valores empenhados, liquidados e pagos, referentes ao contrato e aos termos aditivos, a obra custou R$ 1.043.895,07, a empresa executou R$ 1.036.118,80 e só recebeu R$ 951.080,13. Eis o motivo dos prazos de execução e vigência estarem prorrogados até fevereiro de 2021, podendo ser prorrogados por mais tempo, e da inauguração da Unidade ter sido atropelada, para não ser inaugurada pela Prefeita eleita Nina Singer.

Fala da Secretária – Dada a palavra para a Secretária Municipal da Saúde, Débora Chemin, a Secretária jogou a culpa pela demora na burocracia, sem mencionar o cancelamento de licitação por erros na elaboração, atrasos na construção e supervalorizou a obra (R$ 2.000.000,00). Observei que o custo da obra foi a metade deste valor, mas Jamaica, Presidente do Conselho entendeu como uma crítica e disse que quem atira pedrinhas, devia levar um carrinho de pedras para a obra - fazer como ele que fiscaliza os custos das obras, mas não conseguiu explicar os motivos do atraso e se tinha encarecido a obra.

Fala do Prefeito – Com a palavra, o Prefeito procurou tirar proveito político para ele e para o Governador, uma vez que o Estado bancou R$ 750.000,00 do custo da obra. Acontece que  Ratinho era obrigado a repassar este  recurso, por força de uma Resolução que assegurou este repasse, proveniente de uma emenda no Orçamento do Estado de 2016. Pode ser que ainda seja culpado pelo atraso da obra, por ter atrasado o repasse, um grave problema da Administração Pública que consome, todos os anos, bilhões de reais em acréscimos. A Prefeita Nina e seu Vice Assis precisam se empenhar para que isto não aconteça.  

Agradecimento  Agradeço o apoio dos vereadores citados acima e, espero continuar contando com esse apoio em 2021, bem como com o apoio do novo presidente da Câmara para continuar esse trabalho.

                               www.antoniopereirajornalista.blogspot.com

         Feliz ano novo, com votos de muita saúde em 2021