Na
sessão da última quinta feira, 5/4, o vereador, Professor Abelino (foto), mesmo
convivendo num ambiente de hostilidade extrema, encontrou forças e voltou a se
pronunciar na Câmara. Desta vez para
pedir ao Prefeito Toninho um novo secretário da Saúde. Segundo ele o Secretário
Giovani de Souza não está conseguindo suprir de médicos as Unidades de Saúde,
causando grande sofrimento à população, que precisa virar noites na fila para
conseguir uma consulta. Basta ir na UPA Afonso Pena ou nas unidades, de madrugada, para ver o
sofrimento das pessoas. Também é grande o sofrimento dos servidores, que por
serem poucos, não conseguem atender a todos com a dignidade que os usuários da
Saúde merecem. Concluindo sua fala disse: “A Saúde Pública de São José está
indo para o buraco e se Toninho não trocar o Secretário, enquanto está no meio
do mandato, irá junto.
POR QUE A
SAÚDE CHEGOU A ESTA SITUAÇÃO? – A Saúde Pública de São José dos Pinhais
declinou para o caos, porque Giovani não foi contratado para melhorar a Saúde
do município, mas para dirigir uma trama, arquitetada por Toninho e Thiago
Buhrer, para cortar gastos. Nesta trama, Toninho é um prefeito preocupado com
as finanças do município, preocupado com o bem estar da população e preocupado
em conhecer e resolver os problemas da Saúde, e São José dos Pinhais, um
município que vive a pior crise financeira da sua história,
provocada pela queda na arrecadação. Nesta encenação, Toninho quer resolver os
problemas da Saúde, mas não pode porque o município vive uma grave crise, numa
dramatização que leve a população, mesmo sofrendo e morrendo por falta de Saúde,
a ter compaixão dele. A seguir as principais cenas desta trama diabólica:
A trama começou a ser exibida em 2/1, um dia após a posse. Toninho reuniu-se com a equipe de finanças e orçamento, para discutir a situação financeira do município, que ele conhecia muito bem. Na oportunidade, recebeu das mãos do novo Secretário de Finanças um relatório, cujo teor não foi revelado. Observou, apenas, que cada secretário teria de agir com muita responsabilidade, pois se errasse o cidadão ia pagar caro.
Dado esse recado aos secretários, Toninho iniciou uma cruzada pelo município para conversar com os servidores e os usuários da Saúde, com o objetivo de saber deles o que precisava ser melhorado no atendimento e na estrutura das unidades. A primeira unidade visitada foi a unidade do Agaraú, cuja visita foi divulgada, em manchete de capa dos jornais que o promovem, pagos pela Prefeitura.
“Viemos sem
marcar a visita, de surpresa mesmo”, disse Toninho e ouviu da usuária Rosiane
Aparecida Rocha o seguinte comentário: “Isso mostra que o prefeito está
preocupado com a saúde e a população”. Não sabia ela, que a preocupação e as
melhorias veriam com cortes, tanto que a Secretaria de Saúde tinha todas as
informações sobre as necessidades das unidades de saúde.
Em meio a essa
cruzada, gastando muito dinheiro com reportagens promocionais, vedadas pelo
Art. 37 da Constituição, e com deslocamentos de uma comitiva de jornalistas,
fotógrafos e assessores, em 19/1, Toninho promoveu mais uma reunião para
debater, com todos os secretários, a situação financeira do município. O que
não tinha sido revelado na reunião de 2/1, Toninho deixou muito claro, nesta.
“O cenário
financeiro encontrado na Prefeitura de São José dos Pinhais é desolador, por
conta da crise econômica que o país atravessa”, disse. Entregou para cada
secretário uma planilha financeira da Prefeitura, com todas as informações e
gastos, pediu austeridade e continuou gastando muito dinheiro com essas visitas
e com a distribuição de cargos e gratificações milionárias.
Sem explicar que se existia uma crise,esta
crise foi deixada por ele, pois era vice prefeito e conhecia em detalhes as
finanças do município e os problemas da Saúde, passou a falar, por onde
passava, desta crise, segundo ele, a
maior da sua história, a qual, estranhamente, nem ele e nem Thiago mencionaram
na campanha eleitoral. E para mostrar que era grave, em 30/1, determinou o
congelamento dos gastos em 90%.
Em 2/2 Toninho
participou da primeira sessão da Câmara, e lá pediu o apoio dos vereadores para
superar a crise. Destacou os desafios que tinha pela frente e disse: “Este é
um ano atípico, pois nos últimos 25 anos
a arrecadação do município só vinha aumentando e em 2017, devido a crise
nacional, ela caiu de maneira sistemática”, sem explicar que o ano estava
iniciando, não dando para saber, sequer, se a arrecadação estava caindo.
Criou um informativo, Família Prefeitura, e
narrou a mesma história que havia contado na Câmara. O ano de 2017 era
historicamente atípico e que para ter o equilíbrio entre receitas e despesas,
estava promovendo o ajuste dos gastos, reorganizando as contas e cortando
despesas. Colocou em números e gráficos e passou a distribuí-lo nas unidades de
Saúde e de Assistência Social, cujos serviços são os mais demandados pela
população.
Toninho passava pelas unidades de saúde, querendo saber dos servidores e da população o que precisava fazer para melhorar os serviços e dias após era distribuído o informativo, aos milhares, falando de queda na arrecadação, de queda no orçamento, de crescimento da população e crescimento do atendimento na saúde. Para confundir, mostrou somente a queda na arrecadação da indústria automobilística.
Assim, Toninho
passava para a população que queria resolver os problemas da Saúde, mas não
podia, porque o município vivia uma crise, preparando-a para os cortes de gastos que iria fazer,
começado pelo fechamento da UPA Rui
Barbosa, um corte de mais de 3 milhões de reais por mês (custo de 1,7 bilhão de
reais por mês para manter 562 UPAs = R$ 3.024.911,03), conforme matéria acima,
publicada em 6/10/2017, no jornal Correio Paranaense.
Segundo
Giovani, a UPA tinha sido fechada para reforma, mas em 6/2 foi anunciado que
ela seria transformada numa UPA Infantil, porque a Secretaria de Saúde estava
reestruturando os gastos, em razão da queda na receita de 250 milhões de reais
em 2016, para 220 milhões em 2017 (R$ 30 milhões de reais a menos), mas que a
Saúde era uma das prioridades da gestão de Toninho e um desafio para manter
serviços de qualidade.
Em 3/4
uma noticia publicada em manchete de
capa, no jornal Correio Paranaense, chamou a atenção. Segundo esta notícia, São
José estava ganhando nova unidade de pronto atendimento infantil. Para
surpresa, não seria na UPA Rui Barbosa mas na UPA do Afonso Pena. Toninho havia
mentido e Giovani também sobre a reforma, mas em 18/5 foi noticiado que as
obras da Upa Rui Barbosa estavam bastante adiantadas, mas nunca foram
concluídas.
Entretanto, tratava-se de mais uma jogada para ganhar tempo, até que encontrasse uma saída para se livrar definitivamente da UPA. E a saída encontrada foi anunciada pelo Secretário Giovani, também em manchete de capa do jornal Correio Paranaense, em 19/9, quatro meses depois. Segundo a nota, o Conselho Municipal de Saúde tinha aprovado a concessão de uso da UPA ao Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná.
Em seu lugar
seria instalado o Centro de Especialidades do Paraná (CEP), para funcionar a
partir de 1º/1/2108. Era o último capítulo de uma novela que começo em 6/2, com
um final trágico. A UPA Rui Barbosa, que havia operado até milagres,
conforme Informativo nº 41 da Paróquia Nossa Senhora
Aparecida, do mês de outubro, estava morta, vítima de manipuladores
inescrupulosos, que usam até o nome de Deus para enganar o povo.
Como o prédio
da UPA não foi reaberto em 1º de janeiro para funcionamento do Centro de
Especialidades do Paraná (CEP), permanecendo janeiro, fevereiro e março fechado,
o vereador, Professor Abelino resolveu perguntar a previsão para a abertura do
CEP e se havia médicos contratados, mas a maioria dos vereadores não autorizou
que o vereador fosse informado.
Entretanto, o
pedido ligou o “desconfiômetro” do Secretário, que não pode mais retardar a
reabertura do prédio da UPA. Em 3/4, 14 meses depois de ter sido fechado,
reabriu para a população, com o nome de Centro de Especialidades do Paraná. Nos
14 meses que permaneceu fechado gerou um corte de gastos na Saúde no valor de
42 milhões de reais, superando em 12 milhões a queda na arrecadação de 2016
para 2017, sem falar de outros cortes, tais como...
...fechamento do Hospital Atílio Talamini, lembrado em 31/3 pelos amigos do Hospital, numa confraternização realizada na Sede Campestre da Associação dos Funcionários Públicos Municipais; fechamento do Posto de Saúde Braga, entre outras unidades, além de cortes de medicamentos, exames e dietas parenterais, cujo valor dos cortes não há dados para calcular. Mas deve somar mais alguns milhões de reais.
...fechamento do Hospital Atílio Talamini, lembrado em 31/3 pelos amigos do Hospital, numa confraternização realizada na Sede Campestre da Associação dos Funcionários Públicos Municipais; fechamento do Posto de Saúde Braga, entre outras unidades, além de cortes de medicamentos, exames e dietas parenterais, cujo valor dos cortes não há dados para calcular. Mas deve somar mais alguns milhões de reais.
ESTARRECEDOR – O que choca é que a arrecadação não caiu. Pelo contrário, aumentou. Quando Toninho e Thiago Buhrer assumiram estava previsto uma arrecadação no valor de 909,5 milhões de reais (R$ 909.587.124,00) e foram arrecadados, segundo Balanço Orçamentário, Anexo I – Receita, 955,2 milhões de reais (R$ 955.244.064,17, 46,8 milhões de reais a mais (R$ 46.867.714,38).
O mesmo
aconteceu com a despesa, cujo valor previsto no início da gestão, era de 909,5
milhões de reais (R$ 909.587.124,00). Deste valor somente 10%, 90,9 milhões de
reais (R$ 90.958.712,24), poderia ser
gasto, pois 90% Toninho havia congelou. Entretanto, foram gastos, segundo
Balanço Orçamentário, Anexo I – Despesa, 955,2 milhões de reais (R$
955.244.064,17), 864,2 milhões de reais a mais (R$ 864,285.351,93).
CONCLUSÃO – A
austeridade foi somente para as pessoas que dependem do SUS.
AGRADECIMENTO – Agradecendo o ex-Secretário Municipal de São José dos Pinhais, Luiz Alberto Paixão, de relevantes serviços prestados na área social do município, como por exemplo a Costeirinha, recentemente regularizada, cujo assentamento das primeiras famílias contou com apoio decisivo dele, advogado renomado, que tive a honra de conhece-lo quando escrevia para o jornal Impacto Paraná, tendo fortemente influenciado o trabalho voluntário de informar, que desenvolvo hoje, agradeço a todos que me parabenizaram pelo meu aniversário.
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