segunda-feira, 11 de maio de 2015

Meio Ambiente III - Cachorros de rua, um drama social de comoção e de repulsa e um problema ambiental (Para o vereador Gastão Vosgerau)

Na luta pela sobrevivência os cachorros de rua espalham o lixo, na busca por alimentos e os materiais espalhados podem se tornar criadouros do mosquito da dengue ou ganharem as galerias pluviais provocando enchentes, de tantas mortes e destruições e alcançarem os rios e  oceanos (hoje verdadeiros lixões) que provocam a morte de peixes, os quais confundem os materiais com alimento, ingerem e não conseguem digeri-los  morrem. A dengue, segundo o ministro da Saúde, tornou-se um epidemia nacional. Somente nos primeiros quatro meses deste ano os casos de dengue aumentaram em 234,5%, em relação ao mesmo período de 2014 (jornal A Semana de 8/5).  Qualquer quantidade de água parada pode se tornar um criadouro, até mesmo uma tampinha de refrigerante, conforme o 16º boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde, publicado em 5/5 (jornal Tribuna Metropolitana de  8/5).  

                São também um caso de conflito social entre pessoas, que por compaixão, alimentam esses animais e as que, sem nenhuma sensibilidade, condenam esta prática, sob a alegação que dando comida e água eles não vão embora, só não dizem para onde. Sem dúvida para continuarem definhando a míngua até morrerem de fome, sede ou atropelados. É o caso do cachorro da foto que chegou no portão da minha residência quase morto de fome e ferido. Embora muito dócil e que não oferece nem um perigo, um  carteiro criou o maior caso comigo por estar alimentando-o, avisando que os Correios não entregariam mais correspondência na minha rua enquanto não desse um sumiço nele. Disse ainda que é funcionário federal e podia me processar com base na Lei do Desacato ao Servidor. Este é um exemplo do que se enfrenta para tentar aliviar o sofrimento dos cachorros de rua, os quais não têm para onde ir.

                Considerando que o vereador foi secretário municipal de Meio Ambiente nos últimos dois anos, tendo embolsado quase meio milhão de reais neste período, para proteger o meio ambiente do município e pensar soluções para os graves problemas ambientais, solicito as seguintes informações, para serem fornecidas no prazo constitucional de 15 dias, bem como as respostas  dos protocolos Meio Ambiente I e II:

1  - Quantos cachorros de rua existem em São José dos Pinhais?
2  - Que medidas a Secretaria dispõe para enfrentar este grave problema?
3 - O vereador procurou saber se existem ações afirmativas para minimizar o problema e o sofrimento dos cachorros de rua realizadas em outros municípios?
4 - Os Correios cobram da Secretaria competente medidas de ação para resolver o problema ou só da população?
5 – Solicitar pareceres dos Correios e dos vereadores Ido (servidor do Centro de Zoonoses), Assis (que o substituiu na Secretaria para continuar a mesma política, segundo Setim, isto é, do descaso) e Marcelo que prometeu prestar uma grande homenagem a todas que tratam os animais de rua e até hoje não cumpriu.   
      
 

            São José dos Pinhais Paraná, 10 de maio de 2015


                                                              
                                             Antonio Pereira dos Santos

Observação: Uma pessoa anônima tem ajudado-me a cuidar deste animal. Quem é essa pessoa?

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