Na luta pela sobrevivência os cachorros de rua espalham o
lixo, na busca por alimentos e os materiais espalhados podem se tornar
criadouros do mosquito da dengue ou ganharem as galerias pluviais provocando
enchentes, de tantas mortes e destruições e alcançarem os rios e oceanos (hoje verdadeiros lixões) que provocam
a morte de peixes, os quais confundem os materiais com alimento, ingerem e não
conseguem digeri-los morrem. A dengue, segundo
o ministro da Saúde, tornou-se um epidemia nacional. Somente nos primeiros
quatro meses deste ano os casos de dengue aumentaram em 234,5%, em relação ao
mesmo período de 2014 (jornal A Semana de 8/5).
Qualquer quantidade de água parada pode se tornar um criadouro, até
mesmo uma tampinha de refrigerante, conforme o 16º boletim epidemiológico da
Secretaria Estadual da Saúde, publicado em 5/5 (jornal Tribuna Metropolitana de
8/5).
São também um caso de conflito
social entre pessoas, que por compaixão, alimentam esses animais e as que, sem
nenhuma sensibilidade, condenam esta prática, sob a alegação que dando comida e
água eles não vão embora, só não dizem para onde. Sem dúvida para continuarem
definhando a míngua até morrerem de fome, sede ou atropelados. É o caso do
cachorro da foto que chegou no portão da minha residência quase morto de fome e
ferido. Embora muito dócil e que não oferece nem um perigo, um carteiro criou o maior caso comigo por estar
alimentando-o, avisando que os Correios não entregariam mais correspondência na
minha rua enquanto não desse um sumiço nele. Disse ainda que é funcionário
federal e podia me processar com base na Lei do Desacato ao Servidor. Este é um
exemplo do que se enfrenta para tentar aliviar o sofrimento dos cachorros de
rua, os quais não têm para onde ir.
Considerando
que o vereador foi secretário municipal de Meio Ambiente nos últimos dois anos,
tendo embolsado quase meio milhão de reais neste período, para proteger o meio
ambiente do município e pensar soluções para os graves problemas ambientais, solicito
as seguintes informações, para serem fornecidas no prazo constitucional de 15
dias, bem como as respostas dos
protocolos Meio Ambiente I e II:
1 - Quantos cachorros
de rua existem em São José dos Pinhais?
2 - Que medidas a
Secretaria dispõe para enfrentar este grave problema?
3 - O vereador procurou saber se existem ações afirmativas
para minimizar o problema e o sofrimento dos cachorros de rua realizadas em
outros municípios?
4 - Os Correios cobram da Secretaria competente medidas de
ação para resolver o problema ou só da população?
5 – Solicitar pareceres dos Correios e dos vereadores Ido
(servidor do Centro de Zoonoses), Assis (que o substituiu na Secretaria para
continuar a mesma política, segundo Setim, isto é, do descaso) e Marcelo que
prometeu prestar uma grande homenagem a todas que tratam os animais de rua e
até hoje não cumpriu.
São José dos Pinhais Paraná, 10 de
maio de 2015
Antonio Pereira dos Santos
Observação: Uma pessoa anônima tem ajudado-me a cuidar deste
animal. Quem é essa pessoa?
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