Prometer apoio a Jair Bolsonaro foi a
principal proposta que garantiu a vitória para candidatos a governadores,
deputados e senadores, nesta eleição. Francischini, o ideólogo do Camburão, não
apresentou nenhuma proposta e não pediu voto pra ele. Apenas, pediu para votar
no 17 e elegeu-se com a maior votação da História do Estado (427.627 votos). Além
de se eleger, eleger seu filho deputado federal, ainda, carregou mais sete
candidatos, fazendo do PSL o partido com a maior bancada na Assembleia
Legislativa. Oriovisto que não tinha sido nada na política, foi o candidato a
Senador mais votado, desbancando Requião. Ratinho que oscilava entre 35% e 45%
e era mostrado caindo nas pesquisas, foi eleito com 60% dos votos válidos.
Agora diz que vai retribuir, apoiando Bolsonaro.
Álvaro
Dias fez menos votos que candidato a deputado estadual. Os que querem assassinar
esse País que o façam, descarregou. Osmar, seu irmão, desistiu e a Requião que
liderava as pesquisas, só restou o consolo:
seus antigos adversários terão residência paga pelo Estado lá em
Pinhais, segundo disparou pelo Twitter. A caminho de uma cirurgia, antes de ser
anestesiado, fez um apelo pela concórdia e fraternidade: “liberalismo bárbaro,
não”. Marina Silva que pontuava na
segunda colocação, com 19%, definhou para 1%. Alckmin que insistiu em bater em
Bolsonaro, causou o vexame do PSDB nas urnas, acusam os Tucanos. Cida
Borghetti, que colocou o Estado a serviço da sua campanha e com centenas de
jornais tentando induzir o eleitor a votar nela, não passou de 15%.
A
Globo que sonhava encurralá-lo teve de emitir notas e mais notas para se defender
dos ataques de Bolsonaro e os escalados para enquadrá-lo, Willian Bonner e
Renata Vasconcelos, saíram de cabeça inchada. O tempo no horário eleitoral de
rádio e televisão e os financiamentos de campanha viraram mito. Geraldo Alckmin
teve o maior tempo de televisão e Bolsonaro alguns segundos. O resultado de um
e outro, mostra que o tempo não foi a diferença, nesta eleição. O Partido Novo
se recusou a usar dinheiro do Fundo Partidário e não permitiu que seus
candidatos usassem dinheiro público. Elegeu oito deputados federais e deve
eleger o governador de Minas, um dos maiores colégios eleitorais do Brasil, sem
nunca ter participado de uma eleição.
Em
São José dos Pinhais, os vereadores. Professor Marcelo e Professor Abelino, sem dinheiro, sem tempo no rádio e na televisão, sem campanha nas ruas
e sem espaço nos jornais, somados, superaram o candidato da máquina, apoiado
pelo Prefeito Toninho, Marcos Setim, que esteve em evidência a campanha toda,
nos jornais pagos pela Prefeitura, cobriu as ruas do município de bandeirolas e
inundou as casas dos eleitores de folhetos eleitorais. Marcelo teve uma votação
próxima de Marcos.
A
seguir o que Fábio Campana escreveu sobre o perfil do candidato Bolsonaro, no
jornal Indústria&Comércio, edição Nº 10.139, de 9/10.
Na República, um candidato de discurso
moralista, de fundamentalismo religioso e eivado de preconceitos no campo dos
costumes, faz sucesso na amplíssima maioria silenciosa que se entusiasma com a
ideia de restaurar a ordem e as regras morais para encerrar de vez a crise
econômica e os seus nefastos efeitos colaterais. A esquerda, depois do lulismo,
perdeu o direito de posar como se tivesse superioridade moral ou capacidade
para governar o país.
Sobre esse discurso moralista, vale apena ler o que escreveu João Aloysio Ramos, Diretor do jornal A Gazeta Metropolitana, na Tribuna dos Mananciais, edição Nº 488, de 4/10.
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