O
advogado Matheus Sathler Garcia divulgou, em 25/8, um vídeo na Internet
ameaçando promover um golpe militar e degolar Dilma Rousseff, caso ela não
deixe o cargo, sugerindo que fuja do Brasil ou suicide-se. “Assuma seu papel,
tenha humildade para sair do nosso país, porque, caso contrário, o sangue vai
rolar e não de inocentes... Com a foice e com o martelo, vamos arrancar sua
cabeça e pregar, e fazer um memorial para você”. Preocupado, o ministro da
Justiça, Eduardo Cardoso, emitiu uma nota determinando à Polícia Federal a
abertura de inquérito para apurar as declarações do advogado.
A mesma
preocupação foi observada nas comemorações do Sete de Setembro, data em que
Matheus Sathler prometeu executar o serviço. O tradicional desfile dos
presidentes em carro aberto, foi escoltado por um tanque de guerra e a
presidente desfilou por entre grades de proteção em folhas de zinco, as quais,
tão logo terminou a cerimônia, vieram abaixo a coices e ponta pés, com a
palavra de ordem, “Fora Dilma”. No meio dos manifestantes, os bonecos de Lula,
vestido de presidiário nº 13.171, e de Dilma, com nariz de Pinóquio, um
protesto pela corrupção avassaladora que marcou o governo deles.
Barrado pelos
tanques de Dilma e pela faca do eleitor fanático, que prometeu sangrá-lo, caso
tente se aproximar de Dilma ou de Lula, seus ídolos, o advogado não conseguiu
nem chegar perto da presidente, que dirá manchar de sangue o Sete de Setembro
em Brasília. Numa analogia à democracia, que tanto defende para não largar a teta
da presidência, Dilma é ameaçada de um lado, por um advogado que quer a cabeça
dela numa bandeja para fazer um memorial em sua homenagem e, protegida de outro,
por um fanático capaz de por em risco sua cabeça para salvar a dela. Desta
ameaça, a presidente está salva.
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