Na sessão da última terça feira,
27/5, o vereador petista, Abelino Pereira de Souza, fez uso da tribuna para
falar da sua alegria e contentamento com o sucesso da Caravana da Cultura que
aconteceu no Bairro do Guatupê, reduto eleitoral do vereador. Agradeceu as
presenças do deputado Leopoldo Meyer, do presidente da Câmara, Silvio Monteiro,
dos vereadores que se fizeram presentes e, em especial, ao secretário da
Cultura, Amarildo Rosa, que lhe proporcionou esta alegria.
Seu
deslumbramento chamou a atenção porque há um mês atrás, na sessão de 22/4, o
vereador usou a mesma tribuna para reclamar que, a não ser serviços de
manutenção, no Guatupê não acontece nada e chegou a questionar o prefeito se
este bairro existe no mapa de obras do município. Tentando entender o porque
deste mimo, procurei pessoas próximas de Setim e fui informado que Abelino é
uma carta chave no jogo para derrubar Silvio Monteiro da presidência da Câmara,
na próxima eleição.
Explicaram
que o prefeito imaginava que o vereador se contentaria com a direção do
Hospital São José, dada ao seu "Estrela Guia", mas que as críticas ao
"braço direito" da Dona Neide, parecer desfavorável a projetos da
Educação e cobranças para o seu "curral eleitoral" fazer parte do
mapa de obras da Prefeitura, levou Setim
a pensar novos tipos de apoio a Abelino. Brincaram que, por enquanto, o
prefeito dará circo, e mais tarde, se
isto não for suficiente, dará um pouco de pão.
Porque Setim quer derrubar Silvio Monteiro?
- O vice-prefeito, Toninho da Farmácia, decidiu ser candidato a deputado
estadual, na próxima eleição. Como é muito popular, deve fazer uma boa votação.
Mas caso esta votação não seja suficiente, ele pode se eleger com os votos de
Ratinho Júnior, como aconteceu com Luciano Ducci, ex-prefeito de Curitiba. Se
isto acontecer, o vice-prefeito será o presidente da Câmara, hoje, Silvio
Monteiro, que Setim o elegeu presidente, mas que não quer tê-lo ao seu lado.
A
principal razão é que Setim é o político do "tapinha nas costas".
Conversa com todo mundo. Recebe quem quer que seja no seu gabinete e sem hora
marcada. Atende pessoalmente todos os telefonemas, sem distinção de quem está
telefonando. Para ser seu vice, os postulantes têm de ser super populares e
simples. Chico Bührer e Toninho são exemplo, e o seu secretariado preparado
para atender prontamente os munícipes que o procuram. Sílvio é o oposto a tudo
isto.
De
movimentos contido e cercado por mais de uma dezena de assessores, Silvio vive politicamente distanciado da população,
semelhante a um estadista, numa espécie
de redoma de vidro, cujo acesso é vedado ao cidadão comum. Braço direito do
deputado Nelson Justos, Silvio foi introduzido na política para negociar apoios
de vereadores e prefeitos da Região
Metropolitana ao deputado. Daí a razão de ter sido preparado para ser uma
espécie de "super estar" da política, que não veste o figurino de
Setim.
Antonio Pereira dos
Santos
Junho/2014
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